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sexta-feira, 29 de abril de 2011

BEETHOVEN, O POETA DOS SONS

     Olá. Não tenho palavras para começar este post. Beethoven é simplesmente magnífico, de longe, meu compositor favorito. Vivendo numa época de transição, onde a música já não era tão ligada à aristocracia ou à Igreja, pois caminhava para um caráter humano, Beethoven fez de seus últimos dez anos os mais revolucionários da história da música. 
     Ludwig van Beethoven nasceu em 16 de dezembro de 1770, em Bonn, Alemanha. Aos 30 anos, a surdez começou a afetá-lo, chegou até a pensar seriamente em suicídio e escrevou uma carta aos irmãos Karl e Johann, hoje conhecida como O Testamento de Heiligenstadt
     Falar ou mesmo escrever sobre Beethoven, exige muito mais do que posso ter, basta ouvir sua música que você sente a comunicação imediata entre as pessoas e essa transmissão de sentimentos. Beethoven sintetizou muito bem isso, quando disse "a música fala do coração para o coração". Suas últimas obras ilustram esse poder, um poder terapêutico da música. 
     Aqui, poderia constar suas nove sinfonias, que são obras fantásticas, grandiosas e amplamente vivas, poderia também, constar suas sonatas para violoncelo, que fazem com que esse instrumento fique mais belo nas notas de Beethoven, ou seus concertos para piano, cinco no total, também obras magníficas, ou mesmo suas sonatas para trompa e piano, música esta para àqueles que buscam paz interior. Com cerca de 400 composições: 32 sonatas para piano, 10 para violino e piano, 5 para violoncelo e piano, 7 trios para piano e cordas, 17 quartetos de cordas, dentre eles a Fuga Grossa, além de obras vocais, 2 delas são decisivas: a Missa Solemnis e a ópera Fidelio e muitas outras obras. Beethoven morreu no dia 26 de março de 1827. Quer saber mais sobre ele, assista aos filmes Immortal Beloved e Copiando Beethoven.




Sinfonia Nº 5 em Dó Menor, Opus 67
     
     A Quinta Sinfonia é uma espécie de impressão digital musical de Beethoven, contendo muitas inovações em seus quatro movimentos: uma pequena cadenza do oboé no primeiro movimento, adição de piccolo e contrafagote aos instrumentos de sopro. Não existe palavras para expressar um sentimento sobre essa música, apenas ouvindo-a. Boa audição e interpretação.

1. Allegro con Brio (forma sonata)
2. Andante con Moto (tema e variações)
http://www.youtube.com/watch?v=ijiHzheK4GQ&feature=related
3. Allegro (scherzo)
http://www.youtube.com/watch?v=9Mt7NIPFgQk&feature=fvwrel
4. Allegro - Presto

Para o download, clique aqui.

Obrigado por sua visita.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

UM BRASILEIRO PARA O MUNDO

     Bom dia, boa tarde ou boa noite, leitores. É com muita honra e alegria escrevo sobre Villa-Lobos. Nenhum outro compositor foi tão brasileiro e tão universal quanto ele. Este, que é, sem dúvida, nossa maior doutor na música. O grande Villa escreveu para todos os gêneros musicais, tais como óperas, concertos, sinfonias, música de câmara, além, é claro, de suas famosas Bachianas, feitas exclusivamente para Bach, na qual ele considerava fonte universal da música. Compostas entre os anos de 1930 e 1945, essa série de nove obras estabelece um paralelo entre o compositor do séc. XVIII e a música brasileira e também a mais variada formação, como música de câmara, na segunda Bachiana, ou grupo de violoncelos e voz, na quinta. Villa-Lobos nasceu no dia 5 de março de 1887, no Rio de Janeiro. Defendia a necessidade de se apoiar a arte brasileira, principalmente os artistas que "se fizeram sozinhos". Villa deu um bom exemplo a Getúlio Vargas (que tomou o poder em outubro de 1930) de que podia ser útil ao regime. Comandou um coral de 40 mil vozes, em 1940, em São Jenuário, as chamadas Exortação Cívica, um projeto de educação musical com concentrações de milhares de vozes nos estádios de futebol. Seu maior objetivo era fazer despertar nas crianças o gosto pela boa música e fazer com que o Estado o apoiasse. Ato este que precisamos hoje em dia, não acham? Villa morreu em seu apartamento, no dia 7 de novembro de 1959.


     Mas história à parte, ouviremos em seguida a Bachiana Brasileira nº 2. Seus nomes são duplamente caracterizados, fazendo assim os paralelos citados anteriormente, como por exemplo Toccata: o Trenzinho do Caipira; o termo toccata, convencional, à italiana, em seguida os títulos correspondentes do cancioneiro folclórico brasileiro. A orquestração é rica de instrumentos brasileiríssimos de percussão, como pandeiro, reco-reco, chocalhos, além de bombo, pratos e tantã como convencionais, com o auxílio de muitos outros instrumentos. 
     Para que essa audição seja mais célebre que as outras, proponho o seguinte: carregue a música Toccata: o Trenzinho do Capira, link abaixo, ou mesmo o download, se foi feito; fique relaxado, sente-se de maneira confortável, em seguida, aperte o play e feche seus olhos (calma, ainda não!). Imagine-se numa locomotiva, você está sentado em sua poltrona, sozinho ou acompanhado, fica a seu critério; você está esperando o apito que marca o inicio de sua trajetória; eis o apito (flautas em frulatto caracterizam-o). A locomotiva começa a se mover (cordas graves, piano e percussão reproduzem as engrenagens, violinos no agudo imitam o ruído do vapor da caldeira); agora imagine uma linda paisagem, com árvores por todo o canto, um grande morro na qual você vê um túnel que está logo a frente, com o trem fezendo uma curva para a esquerda e que você vê também o tamanho dele. "Nossa, como é grande" você pensa. Pense também em todas as coisas boas que já fizeram pra você, pense em todas as pessoas que pensam em você todos os dias. Pense no quanto você faz bem a elas. 
     Seu momento de repouso está chegando ao fim, assim como sua viagem. O trem começa a chegar cada vez mais perto da estação, mas você não quer descer. A locomotiva desacelera, marcando o final da viagem (é concluída a peça com um forte acorde). Você desce, carregando suas malas ou mesmo sua companhia pelos braços."Cheguei... Finalmente!" você pensa. Agora sim, aperte play e faça o que foi escrito.

     Agora, suponha que esses trilhos que a sua locomotiva percorreu, sejam os trilhos que o levarão a um outro destino e, você somente chegará nele, se entrar nesta locomotiva. Existirão paradas ou até mesmo acidentes, mas isso jamais servirá de desculpa para você descer onde não quer. Siga em frente. Jamais pare no meio do caminho.

     Espero que tenham gostado dessa experiência, que pode ser útil e de certa forma, será útil. Caso tenham gostado, não deixem de comentar. Aguardem a nova votação, vai estar muito acirrada, garanto. Fiquem bem. 

Link do O Trenzinho do Caipira: 

Download da Bachiana Brasileira nº 2: 

sábado, 9 de abril de 2011

UM COMPOSITOR PARA REIS

     Minhas saudações, leitores. Existem poucos compositores que calam fundo nossa alma. Um deles é Haendel. O cara é foda, ou pelo menos era. George Friedrich Haendel nasceu em Halle, Alemanha, em 1685, no dia 23 de fevereiro. Um compositor que impressionava em sua rapidez para compor, mudou-se para a Inglaterra em 1710, conquistando-a e tornando-se uma glória nacional com seus oratórios. Haendel nasceu  menos de um mês antes de Bach, mas não veio de uma familia de músicos como este. Batalhou para convencer seu pai a deixá-lo estudar com Friedrich Zachow, organista da cidade. A música para Haendel tinha de ser eficaz, atingir o público no mesmo instante em que se ouve. Com certeza o melhor Haendel instrumental é aquele dos concerti grossi e dos concertos para órgão, na qual ele fora um virtuose no instrumento. Os dois maiores compositores do século 18 (Bach e Haendel) ficaram cegos por causa do mesmo médico, John Taylor. Haendel morreu aos 74 anos em sua casa de Brook Street, 25, no bairro de Mayfair, em Londres, no dia 13 de abril de 1759.



Concerto Grosso, Op. 6, Nº 6

     Uma composição pequena, mas representativa, em relação ao Haendel de óperas e oratórios. Os mais famosos são os doze concertos do Opus 6. Eles obedecem a mesma estrutura dos concerti gossi e foram todos escritos para a mesma instrumentação: dois violinos e um violoncelo solistas, cordas e contínuo, porém Haendel acrescentou partes de dois oboés nos concertos 1, 2, 5 e 6. Este, de número 6, é o mais célebre do Op. 6 em função de sua maravilhosa Musette, esta que privilegia a beleza melódica. A segunda parte, um Allegro Ma Non Troppo (fuga a quatro partes), lembrou-me muito a Fuga Grossa, de Beethoven.
     Desta vez, o link do Youtube está acompanhado com o link para o download, é só baixar e curtir. Boa audição. 


Concerto Grosso, Op. 6, Nº 6
1- Larghetto e Affetuoso; 2- Allegro Ma Non Troppo
3- Musette (larghetto)
4- Allegro; 5- Allegro

Para o download, clique aqui.
 

domingo, 3 de abril de 2011

Boas novas...

Oi, como vai você!? 
Este post de hoje é sobre a pequena mudança recentemente realizada no blog. Conforme comentários (até agora, recebi apenas um) colocarei junto com o download o link do Youtube. Assim, além de baixar e poder ouvir a música quando quiser e tê-la em seu computador (ah, provavelmente o servidor será outro), você poderá assistir ao vídeo na mesma hora da leitura. Então, fica a seu critério. Conforme solicitado, o link do Concerto para Piano e Orquestra Nº 1, de Liszt.

1º- Allegro maestoso; 2º Quasi adagio. Este começa em 5 min e 30 seg.
http://www.youtube.com/watch?v=Xzy1_SwJy8o&feature=related
3º - Allegretto vivace - Allegro animato; 4º - Allegro marziale animato. Este começa em 4 min e 05 seg.
http://www.youtube.com/watch?v=BaPVBGm5y3w&feature=related

Boa audição!!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

UM MAGO AO PIANO

     1811, 22 de outubro. Franz Liszt. Nasceu em Raiding, na Humgria. As mulheres o adoravam, mas Liszt também tinha outros predicados. Além de notável professor de piano, foi o inventor do Recital e do Poema Sinfônico. De música variada, rica e de dificil classificação, ele foi romântico, nacionalista, moderno e impressionista. Não por acaso, mais da metade de suas 700 obras eram transcrições e arranjos, de Beethoven, com suas transcrições das nove sinfonias, de Bellini, Donizetti, entre outros. Liszt conheceu inúmeros compositores, tais como Tchaikovsky, Wagner, Berlioz, Chopin, Mendelssohn e até mesmo Beethoven. Liszt morreu em 31 de julho de 1886, em Weimar, Alemanha.


Concerto para Piano e Orquestra Nº 1 em Mi Bemol Maior

     Foram dois concertos para piano e orquestra, trabalhados desde os anos 1830. O Concerto Nº 1 soa como uma obra única, por seus quatro movimentos sendo interligados, com constantes sobreposições temáticas de uma seção sobre a outra. Longas passagens de instrumentação camerísticas, com o piano surgindo sempre de modo imediato após as aberturas orquestrais. Sua primeira execução, foi em 1856, com Berlioz na batuta e o próprio Liszt ao piano. Uma das partes mais belas dessa música, é no segundo movimento, um Quase Adagio, com violoncelos e contrabaixos apresentando o tema da primeira parte e trabalhado pelo piano em um longo solo, com a mão esquerda realizando acompanhamento em arpejos.      Tenham uma boa audição dessa imponente obra. 
     A partir de hoje, o sistema na qual os senhores terão para ouvir a música, será por um link (clicando aqui) para o download, é só baixar a pasta e curtir. Como dito anteriormente, Carl Nielsen está na votação para a próxima semana. Obrigado pela leitura!

"Problemas com o link? Deixe um comentário!"
    

    

terça-feira, 29 de março de 2011

Informe especial!

Boa noite, meus queridos. Isso mesmo, boa noite. Estava eu aqui estudando álgebra linear, ouvindo Carl Nielsen. "Quem??" Carl Nielsen. Alguém conhece uma música dele? Alguém sabe seu país de origem? Eu arrisco responder que não (copiar o nome e colar na página do Google não vale). Ele é da Dinamarca. Este que na qual fiquei impressionado com o poder que orquestração e de fazer música, belos concertos e maravilhosas sinfonias, principalmente. Música dinamarquesa, ainda por cima. Não sou um bom especialista de tal música (não sou especialista em nada!), pra falar a verdade, não conhecia tais obras, até ontem. Foi dificil achar composições dele, demorei alguns dias para baixar um concerto para violino, outro para clarinete e mais um para flauta, além de seis sinfonias, que já ouvi várias vezes. Mas consegui! Ainda estou ouvindo-os, pois são esplêndidos e muito atrativos. Na próxima votação, colocarei Carl Nielsen no páreo e veremos se será escolhido.
Boa noite, até sexta!

sexta-feira, 25 de março de 2011

UM POETA ENTRE OS MÚSICOS


Esse negócio de escrever está ficando cada vez mais legal. Essa edição de hoje foi especialmente  escrita para uma amiga violista. Então, sem papo furado, vamos ao que interessa. =)

Viena, 31 de janeiro de 1797. Morreu aos 31 anos, em 19 de novembro de 1828. Um jovem músico que tinha mais que a própria capacidade de ir muito além. De natureza alegre e expansiva, morreu quase sem dinheiro, suas obras eram ditas por editores da época como papel desperdiçado. Um ultraje para tal compositor. Com uma variedade de mais de 600 lieder (canções), além de trios, que vale o comentário, o Trio para Violino, Violoncelo e Piano, Op. 100, em Mi Bemol, na qual Schubert estrutura pedaços da Eroica e da Quinta Sinfonia de Beethoven, uma grande homenagem para seu herói. Quartetos, na qual o mais famoso quarteto schubertiano sem dúvida é A morte e a Donzela. 


Schubert realizava muita alternância entre os modos maior e menor. Maior, que, em geral, expressa alegria, portanto, amor. E menor, expressando no geral, tristeza, a dor. Essa dualidade foi carregada durante toda a vida de Schubert, assim como a condição de homosexual, para muitos estudiosos. O que tem a ver com sua música possuir uma sensibilidade essencialmente feminina.

Quinteto A Truta para Cordas e Piano, em Lá Maior, Op. 114.

Com certeza, a mais célebre e conhecida obra camerística de todos os tempos. Ao piano, junta-se não o quarteto de cordas habitual, mas um quarteto com violino, viola, violoncelo e contrabaixo. Uma obra com uma sonoridade diferente, muito além da instrumentação. Essa música possui extenso diálogo entre violino e violoncelo, alternância entre piano e violino, tema melancólico entre viola e violoncelo, variação de tema entre contrabaixo e violoncelo, novos temas apresentados, com violino e viola dialogando com o violoncelo. Além de muitos trechos de escrita livre com elementos de temas anteriores. Enfim, tenham uma boa jornada musical e uma boa audição dessa obra.

1.      Allegro Vivace.
2.      Andante.
3.      Scherzo: Presto.
4.      Tema e Variações: Andante.
5.      Finale: Allegro Giusto


Qualquer sugestão, reclamação, ou quem sabe, elogios, podem fazê-los nos comentários, que serão muito bem aceitos e lidos com carinho. O blog passará por pequenas mudanças, então não estranhem se um dia ele ficar diferente. Dentro em breve vocês, meus queridos, terão um espaço nesse despretensioso e singelo blog. Aguardem! Obrigado pela sua visita, não esqueça de votar na enquete.